Voto caro
Os contribuintes vão gastar mais de R$ 1,7 bilhão para eleger os próximos governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Pelo menos é o que prevê o projeto criando o imoral Fundo Especial de Financiamento de Campanha, já aprovado pelo Senado. Quer dizer, o cidadão vai pagar uma fortuna para manter as mordomias e o foro privilegiado de um punhado de políticos, a maioria envolvida com todo tipo de falcatruas. A não ser que, diante de tanta roubalheira promovida por bandidos de colarinho branco e punhos de renda, o povo não reeleja parlamentares que respondem processos ou já são fichas sujas. Caro como será, o voto deve ser dado a quem possui um passado limpo, conduta moral e ética exemplar e, se já exerce algum cargo político, tenha destacada a atuação em defesa da cidadania. Do contrário, o país vai queimar R$ 1,7 bilhão para eleger centenas de crápulas, interessados unicamente em roubar o dinheiro público e ficar impune. Pense nisso!
Mea-culpa
Após ter sido escrachado publicamente pelo ex-auxiliar Mendonça Prado, o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) admitiu sua omissão. “Não ligar pode ter sido negligência de minha parte em relação à solidariedade que ele merece”, reconheceu o comunista. Após entregar a presidência da Empresa de Urbanização de Aracaju, Mendoncinha disse que “Edvaldo, como homem, não chega à sola do meu sapato”. Cruz credo!
Grana de menos
O deputado estadual Georgeo Passos (PTC) diz que o governo de Sergipe afronta a Constituição ao repassar menos do que é obrigado legalmente para a educação e a saúde. No primeiro caso, o repasse tem sido de 23,60% quando o correto seria 25%. Já para a saúde estão sendo liberados 9,23%, em vez dos 12% exigidos. “Enquanto isso, os sergipanos sofrem com o descaso do Executivo em duas áreas essenciais”, critica Passos. É vero!
Afagos palacianos
E quem esteve no Palácio do Planalto foi o ex-governador Albano Franco (PSDB). Na conversa com o ainda presidente Michel Temer (PMDB), o político sergipano reivindicou a instalação, em Propriá, de um campus da Universidade do Vale do São Francisco. O mordomo de filme de terror pousou para a foto ao lado de Albano e encaminhou a demanda para o Ministério da Educação. Foi só!
Sem bengalas
O Partidos dos Trabalhadores não tem qualquer dependência dessa ou daquela legenda. Quem pensa assim é o presidente do PT sergipano, Rogério Carvalho. Ele prega a construção de alianças “que estejam atreladas à renovação da política e à mudança de realidade do nosso povo". Ah, bom!
Vai pro pau
E o senador Eduardo Amorim (PSDB) se diz pronto para disputar o governo de Sergipe em 2018: “Estou preparado, motivado e determinado a isso”, afirmou. O tucano jura conhecer todos os problemas do estado e ter estudos apontando as soluções para cada um. Amorim sonha em ter como candidato a vice o deputado federal Valadares Filho (PSB). Então, tá!
Corda bamba
O Ministério Público Eleitoral concluiu as alegações finais e agora está nas mãos do juiz de Boquim, Eládio Pacheco Magalhães, a decisão sobre a cassação ou não da prefeita Gerana Costa (PTdoB), de Riachão do Dantas. Nos autos encaminhados ao magistrado a oposição questiona o uso eleitoreiro de pesquisas visando beneficiar a prefeita nas eleições de 2016. Esta informação é do blog Primeira Mão.
Catecismo de volta
O Supremo Tribunal Federal decidiu que o ensino religioso nas escolas públicas pode ter natureza confessional. Ou seja: as aulas podem seguir os ensinamentos de uma religião específica. Pela tese vencedora no STF, o ensino religioso nas escolas públicas deve ser estritamente facultativo, sendo ofertado dentro do horário normal de aula. Amém!
Rasga dinheiro
Veja como o dinheiro do povo escorre pelo ralo: O Tribunal de Justiça de Sergipe contrata 312 terceirizados e paga R$ 12 milhões por eles. Por sua vez, o Tribunal de Contas do Estado, mesmo já tendo reduzido o número de contratados, ainda conta com 290 deles, que custam ao erário mais de R$ 17 milhões. O presidente do TCE, Clóvis Barbosa, pretende reduzir essa gastança, porém alguns conselheiros são radicalmente contra. Por que será? Marminino!
E o salário, ó!
O servidor estadual que ainda alimenta a esperança de receber um reajuste salarial neste ano pode ir tirando o cavalinho da chuva. Segundo o secretário da Fazenda, Josué Modesto dos Passos, o governo não dispõe de recursos para reajustar os salários, que estão congelados há quatro anos. Os coitados não têm direito nem mesmo à inflação do período. Que horror!
Recorte de jornal
Publicado no jornal Correio de Aracaju, em 28 de novembro de 1908.