Farsa Nacional em Sergipe
Cerca de cento e poucos policiais de outros estados serão enviados a Sergipe para, segundo garante o governo federal, reduzir o exagerado número de homicídios. Ora, se pouco mais de 4 mil militares e a Polícia Civil não conseguem frear a assustadora criminalidade, como uma centena de agentes, que nem conhecem o estado, vão conseguir? Estamos diante de mais uma farsa nacional, criada para fazer um policiamento cenográfico e passar ao contribuinte a falsa impressão de que é a solução para a violência. Não é! Segundo o jornalista Cláudio Humberto, a Força Nacional é só um engenhoso instrumento de propaganda deste governo temerário, que a utiliza para fingir que se importa com a violência nos estados. Como se vê, não há qualquer sentido enviar para Sergipe um pequeno grupo de policiais, que terão atuação insignificante e vão gastar uma pequena fortuna em transporte, alojamento, alimentação e diárias. Seria bem mais producente usar estes recursos federais na capacitação dos nossos destemidos militares.
De olho nelas
Lideranças da oposição se reuniram em Aracaju para definir os primeiros passos rumo às eleições de 2018. O senador Eduardo Amorim (PSDB) não escondeu o desejo de, novamente, disputar o governo, enquanto o também senador Carlos Valadares (PSB) “candidatou-se” à reeleição. Cristão novo em política e ainda sem partido, o jovem empresário Ricardo Franco confessou sonhar com uma disputa majoritária. Então, tá!
Até aqui de mágoas
Empossado ontem como deputado estadual, o pastor Daniel Fortes (PEN) não esconde a mágoa dos ex-aliados: “Depois das eleições, não recebi sequer um telefonema. Nem daqueles que ajudei a eleger”, choramingou. Diante disso, o evangélico diz estar começando uma nova etapa em sua vida, pois “não devo nada a político nenhum”. Na Assembleia, Fortes não será oposição nem situação muito pelo contrário: “Pretendo direcionar o mandato para a melhoria da saúde e da segurança dos sergipanos”, discursa.
Tal e qual
O tesoureiro nacional do PT, ex-deputado Márcio Macedo, acredita que o governador Jackson Barreto (PMDB) só tende a crescer politicamente, devendo chegar em 2018 com muita força. Quanto à oposição sergipana, o petista a considera fragilizada, pois vem perdendo quadros e não encontra o discurso de enfrentamento. Este perfil pintado por Macedo parece mais com o do desgastado PT. É, como dizem por aí, macaco não olha para o próprio rabo. Cruz credo!
Quaraquaquá E lá vem o Executivo estadual com esta conversa fiada de reduzir as despesas com o custeio da máquina. Desde as eleições de 2014, este governo promete cortar na própria carne, mas só tem enxugado gelo. Ontem, o vice-governador Belivaldo Chagas (PMDB) reuniu secretários e dirigentes de órgãos para exigir uma economia de 20%. Marminino!
Pernas pro ar
Os servidores da Prefeitura de Aracaju ganharam mais tempo para cair na folia. O prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) decretou ponto facultativo nos próximos dias 27 e 28 e também no dia 1º de março. Estão excluídos do decreto os órgãos e entidades municipais prestadoras de serviços considerados essenciais.
Mistureba
Casemo no ano de quinze, Na seca de vinte e três;
A muié era donzela,
Viúva de sete mês,
Mais não me alembro que tenha
Um dia ficado prenha,
Estado de gravidez.
Os versos acima são do repentista Zé Limeira, o poeta do absurdo.
Barrigada
Não é verdadeira a manchete “Luciano Bispo paga salário até a morto”, publicada esta semana pelo Cinform. Quem garante é o próprio Luciano, presidente do Legislativo. Segundo ele, a reportagem não passa de uma grande “barrigada”, que no jargão jornalístico vem a ser uma matéria falsa. Bispo provou com documentos que o “morto” em questão deixou de receber salário desde maio de 2016, quando a família entregou o atestado de óbito ao Parlamento. Céus!
Novo golpe
De um incrédulo trabalhador sobre a famigerada reforma da previdência concedida por este governo temerário: “Se aprovarem esta desgraça, a bandidagem vai falsificar atestado de óbito, documento que vai ser exigido a quem desejar se aposentar”. Misericórdia!
Ladrão, não!
E o secretário estadual de Turismo, Fábio Henrique (PDT), promete processar Paulo Panzuá, que o chamou de ladrão numa gravação disseminada pelas redes sociais. O acusador foi secretário de Socorro nas duas administrações do pedetista, que não entendeu ainda o destempero verbal do ex-auxiliar: À jornalista Cássia Santana, Fábio se queixou: “Ele foi meu aliado até o dia que minha caneta tinha tinta”. Misericórdia!
De quem é?
Alguém sabe a quantas anda a disputa pela região do Mosqueiro e adjacências que, segundo a Justiça, pertencem a São Cristóvão? Será que a Prefeitura de Aracaju vai continuar investindo naquela área? Pelo que decidiu a Justiça Federal, o território sancristovense abrange, entre outros, os povoados Mosqueiro, Areia Branca, São José, Robalo e Terra Dura. Tai um nó dificílimo de ser desatado. Crendeuspai!
Recorte de jornal
Publicado no jornal O Maruinense, em 30 de agosto de 1891.